Riscos da Má utilização de Antibióticos

13-04-2021

O uso correcto de antibióticos é imprescindível para o controlo de infecções e da resistência aos antimicrobianos (sejam antibacterianos, antivirais ou antifúngicos), tanto agora como para as gerações futuras.



Há muitos antibióticos antibacterianos. Existem várias classes de antibióticos (penicilinas, cefalosporinas, macrólidos, quinolonas, tetraciclinas, aminoglicosídeos, sulfamidas...) e vários exemplos em cada uma destas classes.

Cada um funciona de uma maneira diferente para matar as bactérias ou impedir que se multipliquem.

Os antibióticos, não servem para tudo, só são eficazes contra infecções bacterianas. E ainda assim, algumas infecções bacterianas leves vão melhorar por si.

NÃO "funcionam" contra vírus que são responsáveis ​​pela maioria das tosses e constipações.

Quanto mais antibióticos são usados ​​para tratar infecções simples, maior a probabilidade de serem ineficazes no tratamento de condições mais graves. A prescrição responsável é fundamental.

Já existem estirpes de bactérias (como MRSA) que desenvolveram resistência a muitos antibióticos, o que significa que essas infecções são mais difíceis de tratar.

A utilização incorrecta de antibióticos é um problema de Saúde Pública no qual o doente tem um papel activo.

Se lhe forem prescritos antibióticos, deve cumprir as indicações dadas. 


A forma correcta de tomar antibióticos

  • Cumprir a duração do tratamento (geralmente até ao fim da embalagem)

  • Em caso de haver sobras (Não guarde. Entregue na farmácia - VALORMED)

  • Tomar a dose certa

  • Tomar no horário estipulado

  • Sempre de acordo com as indicações médicas


Cumprir doses, horários e duração do tratamento e não parar se entretanto se sentir melhor (parar mais cedo poderá fazer com que a infecção volte), o que poderá originar mutações em bactérias que ainda estão vivas e desenvolver resistência e ter como consequência que a sua acção do antibiótico seja cada vez menos eficaz na população.

A resistência das bactérias aos antibióticos obriga ao uso de moléculas diferentes, mais fortes e com mais efeitos adversos.

A resistência aos antibióticos significa que infecções comuns por bactérias deixam de conseguir ser controladas com os antibióticos habituais e passam a ser necessários antibióticos mais "fortes" com mais e piores efeitos adversos. A resistência bacteriana já está a acontecer, não é uma previsão de futuro.


Por lei, não podem ser vendidos sem apresentação de receita médica, pondo em risco a carteira profissional do farmacêutico e a Farmácia.

Diferentes antibióticos são usados ​​para diferentes condições. Existem diretrizes para a sua prescrição.

Alguns são mais adequados para infecções na comunidade, outros são mais eficazes contra condições mais graves, hospitalares.

Se lhe forem prescritos antibióticos, não compare com situações anteriores ou com a medicação de outra pessoa.



ANTIBIÓTICOS (ANTIBACTERIANOS):

  • Só com receita médica.

  • Só para infecções bacterianas.

  • Para serem tomados até ao fim das embalagens ou descartar as sobras.

  • Não servem para todas as dores de garganta, dores de dentes, dores de ouvidos, dores de cabeça, etc...

  • Se o médico não prescrever e na farmácia não dispensam estão a cuidar de si, da sua familia e de todo o planeta!